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7 anos atrás · · 1 comentário

Transtornos psicológicos. Origens . Existencialismo

As origens dos transtornos psicológicos surgem com o processo de socialização ao qual somos submetidos desde que nascemos. Embora este processo seja muito bem intencionado, sempre em busca o estereótipo da pessoa politicamente correta. Certamente pode nos transformar em um ser conflituoso e insatisfeito… Portanto, é quase impossível nos livrarmos sozinhos dos transtornos criados por esse sistema.

“Até que você faça consciente o inconsciente, ele vai dirigir sua vida e você vai chamá-lo de destino” – Carl Gustav Jung.

transtornos psicológicos

Somos Moldados Desde a Infância

Durante toda a vida, somos incentivados, convidados e levados a seguir um estereótipo modelo de pessoa politicamente correta. Assim, somos educados para sermos adequados aos padrões de qualidade dos educadores e dos demais que nos cercam. Somos levados a nos transformar em pessoas as quais não somos, apenas para agradar outras pessoas.

Portanto, sem essa adequação amigos, parentes, colegas de trabalho e de escola, patrões e até mesmo estranhos resistirão em nos aceitar.

Somos catequizados e moldados desde a tenra infância. Devido a isso, sacrificamos a nossa individualidade, autenticidade e autenticidade. Assim sendo, o que importa é como cada um deve ser, segundo os padrões esperados pelos que o cercam.

Reconhecendo isso, Sartre pergunta:

“O que você vai fazer com o que fizeram de você?”

Origens dos transtornos psicológicos I – Kierkegaard

Kierkegaard (Soren Aabye Kierkegaard), em O Desespero Humano, afirma que:

“Quando tento ser ‘EU’ e não consigo, me desespero. Desejo ser outro que não “EU”. Ser um “EU” diferente. Tento, portanto, me tornar alguém diferente. Fracasso e me desprezo por não conseguir, ou, tenho êxito e abandono o meu verdadeiro “EU”. Seja como for, me desespero devido ao meu verdadeiro “EU”. Para fugir do desespero, preciso aceitar o meu verdadeiro “EU”. Ser quem se é realmente, é, na verdade, o contrário de desespero”.

Embora a finalidade do processo de socialização seja nobre. Pois procura evitar conflitos sociais, respeitar os direitos do outro e melhorar a convivência entre as pessoas.

Entretanto, o fato de que somos forçados pelas indicações dos que interagem conosco a procurar, mesmo a contragosto, seguir o estereótipo ideal da sociedade em que convivemos.

Assim, esse processo, sempre tornará o alguém que somos e que queríamos ser, em alguém que nos ensinaram que precisamos ser. Porém, Somos inteiramente responsáveis por isso!

Valores Introjetados

Além disso, essa introjeção dos valores sociais é tão forte, que mesmo que o estereótipo transmitido não seja assumido como verdadeiro, ainda assim será assumido como se fosse uma criação própria. Mesmo sem a aceitação da pessoa!

Dessa forma, embora sem aceitar, o que é valorizado é a “maneira aprendida” de ser que foi escolhida para formatar nossa personalidade. Assim a carregamos e a defendemos ao longo da vida com orgulho! Porém, nos desesperamos por não sermos nós mesmos!

Entretanto, a forma que socialização é feita é tão alheia à nossa vontade e tão abrupta e forçada por pessoas as quais amamos e consideramos que, apesar de nos fazer muito mal, não aprendemos a nos defender.

Desde criança, as frases que mais ouvimos são: não; não pode; pare; pare com isso; sai daqui, você está atrapalhando; não chore; não reclame, isso não é para você, ponha-se no seu lugar etc.

Origens dos transtornos psicológicos II – Michael Neill

Michael Neill, em A revolução do pensamento, diz:

“Aparentemente possuímos um desejo inato de conhecer a nós mesmos em níveis cada vez mais profundos. Para a maioria de nós, esta jornada começa com uma exploração de nossa própria personalidade. Este tipo de autoanálise pode revelar uma extraordinária quantidade de dados e distinções à medida que nos descobrimos introvertidos ou extrovertidos, com alta ou baixa autoestima, e mais ou menos honestos conosco mesmo sobre o que esperávamos ou temíamos”.

“Porém, o autoconhecimento pode rapidamente se transformar em insegurança à medida que cada observação nova é acoplada a um julgamento e a uma tentativa de consertar nossas ‘falhas’ e melhorar nossas ‘virtudes’. Em pouco tempo, ficamos desesperadamente envolvidos, lutando contra nossa própria psique, passando incontáveis horas empreendendo esforços intermináveis na tentativa de nos tornarmos a pessoa que pensamos que devemos ser”.

Assim, como, na verdade, “nossas convicções” não são nossas, muitas delas batem frontalmente contra o que realmente queremos ser. Talvez por causa disso alguns acontecimentos autênticos que ocorrem vez por outra em nossas vidas acabam se chocando com “nossas convicções aprendidas”, causando rupturas e abalando a confiança em nós mesmos.

Modificadores

Porém, como os novos acontecimentos da vida como novas amizades, novos conhecimentos e novas experiências, podem abalar muito as “convicções”, eles podem alterar a saúde mental e psicológica. Assim, funcionará como um catalizador para novas certezas ou desaparecimento das falsas certezas.

Os transtornos psicológicos são melhorados mediante processos internos e externos que passam pelo autoconhecimento e deste poderá nascer as soluções. Entretanto, se existir alguma ajuda externa para entender profundamente as descobertas sobre seu próprio eu será fundamental.

Portanto, quero deixar claro que nem sempre os processos de autodescoberta são totalmente conscientes e, portanto, são de difícil entendimento e erradicação sem ajuda especializada.

Citamos novamente Michael Neill, em sua obra A revolução do pensamento:

“Quando as pessoas veem algo fundamental sobre a natureza de suas experiências, seu relacionamento com as experiências muda. E, como resultado dessa mudança, a vida delas começa a mudar, aparentemente sem nenhum esforço – totalmente por si só”.

Cada experiência leva a novas reflexões que quase sempre positivas, mas nem sempre. Quando as experiências chocam-se com as convicções implantadas e arraigadas nas profundidades do cérebro, conflitos são criados! Então, as soluções não são fáceis ou automáticas.

Portanto, para resolver tais conflitos, a ajuda externa se faz necessária, para identificar as causas, entendê-las e eliminá-las.

Aprendizados errôneos ou suspeitos

As palavras são muito poderosas. Assim, em diversos momentos, são utilizadas com o intuito de passar valores que são úteis para a convivência pacífica, entre pessoas. Também serve para apaziguar situações que são impostas às pessoas ao longo da vida. Como exemplo, podemos citar a afirmação:

O importante é ser e não ter!”

Mais ainda. Isso é justificado, muitas vezes, apenas com argumentos retóricos e falácias. Tais como: “O que você é ninguém toma. É seu. O que você tem simplesmente poderá vir a perder amanhã”.

Porém, não é verdade que o que somos também pode ser mudado? Além disso, sabemos que “ser” é uma consequência, pela qual, na maioria das vezes, nem escolhemos conscientemente.

Entretanto, para “ter”, é necessário despender esforços e, mesmo quando o ter é dado por herança, exige trabalho para manter e acrescentar. Além disso, o “ter”, quando se trata de experiências, conhecimento ou informações, muitas vezes, tem um alto custo pessoal e é acrescentado ao ser.

Michael Neill, em sua obra, A revolução do pensamento, nos diz:

“[…] Quando afastamos o olhar de nossos próprios pecadilhos exclusivos e consideramos a natureza da experiência humana, descobrimos algo muito interessante: a maioria daquilo que pensávamos estar errado em nós é simplesmente uma parte da condição humana. Todos ficam de mau humor, todos fazem coisas que num dado momento parecem ser uma boa ideia e depois se arrependem, todos falham algumas vezes ou são bem-sucedidos em outras, e isto numa proporção que usualmente é determinada mais em função daquilo que se escolhe tentar do que em função de qualquer gênio pessoal ou falta de potencial”.

A falta de convicções íntimas

Esta é, sem dúvida, uma das maiores origens dos transtornos psicológicos.

É muito claro também que as convicções íntimas não aceitam muito bem a personalidade artificial criada por familiares, educadores patrões e amigos. Porém, essa é a personalidade que agrada muito mais aos outros, embora agrade menos ao próprio indivíduo. Junte-se a isso as experiências e descobertas contrárias às convicções implantadas e mesmo as menos arraigadas em cada um de nós, e fica mais claro porque não nos aceitamos dessa maneira e adquirimos os transtornos psicológicos.

Assim, dessa falta de autoaceitação nascem os pequenos e grandes conflitos. Além de problemas emocionais, físicos, mentais, existenciais e familiares, entre outros.

São esses conflitos que causam as culpas. Também os desconfortos psicológicos, muito fingimento, comportamentos forçados e reações diversas contrárias ao modo natural de reagir e se posicionar.

Portanto, quando esses conflitos não são resolvidos, eles sempre causarão ainda mais conflitos. Nesses casos, começam a se agravar os quadros de tensões, ansiedades e angústias. Então, quando não resolvidos, podem chegar à desenvolver depressão profunda, transtornos ansiosos e  outras disfunções mentais.

Assim, quando o indivíduo entra nessas zonas escuras, mais ele quer afirmar e mostrar ao mundo que é exatamente a pessoa que os outros esperam e querem que ele seja. Entretanto, na verdade ele deveria mostrar ao mundo o que realmente é. Isso acontece porque é muito difícil conseguir ser autêntico e aceitar a própria individualidade quando falta autoconfiança.

Então, o individuo abandona suas convicções e  se torna aquilo que os outros querem que ele seja.

Sem nenhuma ajuda externa é quase impossível sair desse “looping” existencial. Ainda mais porque, para o “estereótipo politicamente correto” (cruz credo!), o ideal é valorizar o ser perfeito e adequado!

Fraquezas humanas – Origens dos transtornos psicológicos

Jamais alguém nos olha compreensivamente nos olhos e diz que a maioria dos nossos erros são próprios da espécie humana. Nunca dizem que não podemos evitá-los simplesmente por desejarmos faze-lo! Portanto, é preciso lembrar que somos humanos e possuidores de humor cíclico, de sermos emocionais e absolutamente circunstanciais!

Portanto, a solução dos transtornos causados por esse sistema de socialização do indivíduo passará, quase sempre, pela conscientização e pelo autoconhecimento. “Conhece-te a ti mesmo”, “A verdade liberta”. Até a Bíblia Sagrada, um dos livros mais antigos que se tem conhecimento, diz: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” João cap. 8 versículo 32

Portanto, conhecer a sua verdade através da conscientização e do autoconhecimento, da compreensão e do entendimento dos processos de mudança é o caminho para obter ou melhorar a saúde mental e psicológica. Psicoterapia, coaching, apoio e outras técnicas de ajuda são de suma importância para isso.

“Cada homem deve descobrir o seu próprio caminho” – Jean-Paul Sartre.

Leia também:

Terapia fenomenológica existencial

 

Denival H. Couto – Psicólogo e Terapeuta

CRP-SP 06/17.798

Tags: Categorias: Auto Conhecimento

Denival Couto

Denival Couto

Denival Couto; Psicólogo e Terapeuta, formado em 1980, iniciou sua atuação clínica em 1983. Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental, Processual e na abordagem Fenomenológica Existencial. Possui vários cursos de especialização e pós graduações, inclusive em Propaganda e Marketing.

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